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Intraempreendedorismo

Como fomentar o empreendedorismo dentro das organizações.



As organizações modernas precisam se especializar na criação de vantagens competitivas para acompanharem a instável conjuntura dos mercados atuais, o que constitui uma das características da globalização. Uma das maneiras de se criar vantagem competitiva é através do investimento no maior ativo intangível que as organizações possuem: as pessoas. O desenvolvimento de uma formação intraempreendedora poderá fazer com que a organização crie alternativas de sobrevivência no seu mercado de atuação, além de possibilitar que os seus funcionários estejam mais preparados para lidar com as dificuldades do dia-a-dia do trabalho.


1. Introdução

A globalização trouxe consigo muitas características, como a escassez de recursos humanos e naturais, a grande variedade de produtos ofertados e o desenvolvimento tecnológico. Porém, a característica mais marcante do surgimento da globalização é a crescente competitividade econômica. Isto faz com que as organizações procurem por profissionais que tenham um perfil que seja adequado as exigências do mercado. Por outro lado, há também as pessoas que preferem abrir o seu próprio negócio. O perfil dessas pessoas é amplamente estudado pelo empreendedorismo. Tais pessoas são vistas como indivíduos que têm características como liderança, capacidade de arriscar-se moderadamente, capacidade de inovação e delegação de tarefas, entre outras. As organizações modernas, então, passaram a prezar a importância deste tipo de perfil profissional em seu ambiente de trabalho.

As empresas estão apostando cada vez mais em funcionários que tenham atitude e comportamento de liderança, agindo como empreendedores e buscando o sucesso da companhia. A procura por esses profissionais abriu espaço para os intraempreendedores, indivíduos "rebeldes" na essência, que não se satisfazem com o mundo como é, por isso estão sempre buscando soluções e inovações.

Não é à toa que, com o ritmo frenético das companhias, os profissionais acabam por se dividir em funcionários multitarefas e acabam por não conseguir desempenhar a função que mais desejam.

2. O perfil intraempreendedor

O empreendedorismo começa na curiosidade, de fazer aquilo que não vinha sendo feito. Este profissional empreendedor irá pensar e analisar o que está acontecendo dentro da empresa.

Os intraempreendedores já estão dentro de um empreendimento, portanto visam inovar e melhor aquilo que já existe. Muitos acabam criando novas unidades de negócios. Esse profissional irá "colocar as pessoas certas nos lugares certos". Trata-se de uma remodelação do que já existia, porém, utilizando as peças certas.

As empresas costumam se valer dos tradicionais treinamentos como forma de preencher uma lacuna explorada de maneira ineficaz por um funcionário. Este é um erro muito comum, já que a solução para o problema pode ser encontrada no intraempreendedorismo.

PINCHOT III (1989) afirma que o intraempreendedor é a pessoa que promove um comportamento empreendedor dentro de uma organização, através da inovação e criatividade, promovendo uma transformação dentro do contexto da empresa.

MORI et al. (1998) e LEZANA (1999) destacaram as principais características observadas em empreendedores de sucesso, que foram divididas em quatro grupos:

1 – Necessidades: é um déficit ou a manifestação de um desequilíbrio interno do indivíduo. Pode ser satisfeita, frustrada (permanecendo no organismo) ou compensada (transferida para outro objeto), e surge quando se rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. As necessidades podem ser divididas em: fisiológicas (fome, sono, etc.), de segurança (estabilidade, poder, etc.), de sociabilidade (relativos à família, amizades, etc.), de estima (auto-respeito, aprovação, etc.), e de auto-realização (desenvolvimento de potencialidades);

2 – Conhecimentos: representa aquilo que as pessoas sabem a respeito de si mesmas e sobre o ambiente que as rodeia, sendo profundamente influenciado pelo ambiente físico e social, pela estrutura e processos fisiológicos, e pelas necessidades e experiências anteriores de cada pessoa. Podemos citar como exemplos de conhecimentos: aspectos técnicos relacionados com o negócio, experiência na área comercial, escolaridade, experiência em empresas, formação complementar e vivência com situações novas;

3 – Habilidades: é a facilidade em utilizar as capacidades adquiridas, e manifesta-se através de ações executadas a partir do conhecimento que a pessoa possui, por já ter vivido situações similares. Assim, à medida, que se pratica ou enfrenta repetidamente uma determinada situação, a resposta que a pessoa emite vai ser incorporando ao sistema desta. Exemplos de habilidades são: identificação de novas oportunidades, valoração de oportunidades e pensamento criativo, comunicação persuasiva, capacidade de negociação, aquisição de informações, resolução de problemas, alcance de metas, motivação e decisão;

4 – Valores: são um conjunto de crenças, preferências, aversões, predisposições internas e julgamentos que caracterizam a visão de mundo do indivíduo, e constituem-se num dos aspectos culturais que mais contribuem para o desenvolvimento das características individuais. Há diversos tipos de valores, como os existenciais, estéticos, intelectuais, morais e religiosos.

Referências

MORI, F.; TONELLI, A.; LEZANA, A. G. R.; GUILHON, P. T. (1998) – Empreender: identificando, avaliando e planejando um novo negócio. Florianópolis: ENE – UFSC.

PINCHOT III, G. (1989) – Intrapreneuring – porque você não precisa deixar a empresa para ser um empreendedor. São Paulo: Editora Harba.


Quer desenvolver os Intraempreendedores venha conversar com a gente.

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