top of page

Planejamento estratégico como montar?



De maneira assertiva vou descrever como montar o seu!

O conceito de “estratégia” é oriundo de um cenário de guerra.

Chiavenato diz que “As constantes lutas e batalhas ao longo dos séculos fizeram com que os militares começassem a pensar antes de agir. A condução das guerras passou a ser planejada com antecipação”, basta assistir a um bom filme de guerra para ver claramente a estratégia aplicada. Este conceito sofreu uma série de refinamentos e hoje sem planejamento uma empresa não sobrevive.

A elaboração de um Planejamento Estratégico aumenta a probabilidade de que, no futuro, a organização esteja no local certo, na hora certa. Um plano estratégico oferece uma visão de futuro. Independente do porte da organização,o plano estratégico indica a direção certa.

Para Drucker, “planejamento estratégico é um processo contínuo de,sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto comas expectativas alimentadas”.

O processo de Planejamento Estratégico pode conter as seguintes discussões a seguir: 1) Definição do negócio, missão e visão – A tendência na definição do que é o negócio, muitas empresas têm a tendência de encontrar a resposta no produto / serviço da organização, isto pode levar a uma missão míope do que realmente é o negócio. O correto é analisar o benefício resultante do produto / serviço. Um bom exemplo é a empresa Copenhagen, em uma visão míope–negócio: chocolates e em uma visão estratégica o negócio seria descrito como presentes. A declaração de missão deve refletir a razão de ser da empresa, geralmente é uma declaração curta, que destaca as atividades da empresa, já a visão da empresa é a definição de onde a empresa quer estarem um determinado período de tempo. Estas três etapas são fundamentais para o processo de definição do planejamento estratégico. 2) Análise de ambiente interno e externo – Esta etapa é a fundamental para a definição das metas e estratégias, pois é da análise de ambiente que as estratégias são formuladas. A análise de ambiente é a definição das forças,fraquezas, ameaças e oportunidades da empresa que afetam a empresa no cumprimento da sua missão. 3) Formulação de Estratégias – As estratégias são escritas com base na análise de ambiente levantada, após uma priorização de principais objetivos e agrupamento por temas. A estratégia precisa estar voltada para o futuro da organização, porém para ser bem descrita necessita estar de acordo com as etapas anteriores (missão, visão, negócio e ambiente). 4) Implementar projetos e controlar – É denominado de Plano de Negócios o resultado deste planejamento. Esta etapa garante a execução de tudo o que foi levantado e priorizado. Não adianta definir um desafiador planejamento se não houver implementação e acompanhamento e para isto o Plano de Negócios precisa ser apresentado a força de trabalho, como também a definição do comprometimento de quem participa destas discussões é fundamental para uma boa análise e definições dos objetivos.

Algumas empresas optam por efetuar algumas etapas deste planejamento com a participação de empregados de diversos setores, promovendo um comprometimento de todos, é a chamada gestão participativa. Um outro aspecto importante para o sucesso da implementação do planejamento estratégico, está em ficar atento ao mercado, às mudanças, por exemplo: uma empresa define a estratégia para ganhar um percentual de mercado e um ano depois seus dois maiores concorrentes se unem em uma fusão. O cenário mudou e a estratégia precisa ser revisada. O planejamento estratégico não pode ser fixo, o processo precisa ser “vivo”e com a disciplina bem aplicada trará bons resultados para uma organização.


A elaboração do Planejamento Estratégico

1. Formulação dos objetivos organizacionais A empresa define os objetivos globais que pretende alcançar a longo prazo e estabelece a ordem de importância e prioridade em uma hierarquia de objetivos.


2. Análise interna das forças e limitações da empresa A seguir, faz-se uma análise das condições internas da empresa para permitir uma avaliação dos principais pontos fortes e dos pontos fracos que a organização possui. Os pontos fortes constituem as forças propulsoras da organização que facilitam o alcance dos objetivos organizacionais - e devem ser reforçados, enquanto os pontos fracos constituem as limitações e forças restritivas que dificultam ou impedem o seu alcance - e que devem ser superados. Essa análise interna envolve:

Análise dos recursos ( recursos financeiros, máquinas, equipamentos, matérias-primas, recursos humanos, tecnologia etc.) de que a empresa dispõe para as suas operações atuais ou futuras. Análise da estrutura organizacional da empresa, seus aspectos positivos e negativos, divisão de trabalho entre departamentos e unidades e como os objetivos organizacionais foram distribuídos em objetivos departamentais. Avaliação do desempenho da empresa, em termos de lucratividade, produção, produtividade, inovação, crescimento e desenvolvimento dos negócios.


3. Análise externa Trata-se de uma análise do ambiente externo à empresa, ou seja, das condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios e oportunidades. A análise externa envolve:

Mercados abrangidos pela empresa, características atuais e tendências futuras, oportunidades e perspectivas. Concorrência ou competição, isto é, empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos clientes, consumidores ou recursos. A conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais etc., que afetam a sociedade e todas as demais empresas.


4. Formulação das Alternativas Estratégicas Nesta quarta fase do planejamento estratégico formulam-se as alternativas que a organização pode adotar para alcançar os objetivos organizacionais pretendidos, tendo em vista as condições internas e externas.

As alternativas estratégicas constituem os cursos de ação futura que a organização pode adotar para atingir seus objetivos globais. De um modo genérico, o planejamento estratégico da organização refere-se ao produto (bens que a organização produz ou serviços que presta) ou ao mercado (onde a organização coloca seus produtos ou bens ou onde presta seus serviços).

O planejamento estratégico deve comportar decisões sobre o futuro da organização, como:

Objetivos organizacionais a longo prazo e seu desdobramento em objetivos departamentais detalhados. As atividades escolhidas, isto é, os produtos (bens ou serviços) que a organização pretende produzir. O mercado visado pela organização, ou seja, os consumidores ou clientes que ela pretende abranger com seus produtos. Os lucros esperados para cada uma de suas atividades. Alternativas estratégicas quanto às suas atividades (manter o produto atual, maior penetração no mercado atual, desenvolver novos mercados). Interação vertical em direção aos fornecedores de recursos ou integração horizontal em direção aos consumidores ou clientes. Novos investimentos em recursos (materiais, financeiros, máquinas e equipamentos, recursos humanos, tecnologia etc.) para inovação (mudanças) ou para crescimento (expansão).


Não há data para dar início ao planejamento; autocompromisso é um fator fundamental nesse processo

Se 31 de dezembro é o Dia Internacional dos Propósitos, o dia 1 de janeiro é o Dia do Esquecimento". Foi o que afirmou o palestrante e especialista em desenvolvimento humano Eduardo Shinyashiki. Ele defende que, para começar a ter uma vida profissional regrada e planejada, é necessário começar desde já, ou seja, assim que terminar a leitura desse texto.

O pressuposto é que a falta de planejamento implica em perda de tempo e isso pode resultar em males diversos quando o assunto é vida profissional, desde o desperdício de oportunidades até as finanças. "É como se a pessoa ficasse andando à toa, trabalhando sem objetivo, assumindo o risco de tornar a própria atividade uma ação repetitiva, sem criatividade e sem objetivos fixos", diz Eduardo.

Quando o assunto é administração de empresas, a tendência é a mesma. O empresário perde tempo ao assumir em excesso tarefas não planejadas e, no final, acaba sendo superado pela concorrência. Para ele, "no momento em que o empreendedor não otimiza os seus recursos, eles não vão estar disponíveis quando for necessário. Quando ele perceber que perdeu tempo, o concorrente já ocupou o espaço".

Eduardo acredita que existem seis etapas para quem pretende fazer um planejamento profissional:

1. Definir o resultado que espera, ou que disciplina pretende adotar para atingir tais resultados, já que planejamento é algo contínuo;

2. O que é preciso fazer ou aprender para se chegar ao patamar esperado;

3. Quem ou o quê pode ajudar durante esse processo. Um desconto especial na mensalidade do curso, um amigo que domine o idioma estrangeiro que você precisa aprender; tudo isso é válido;

4. Assuma a responsabilidade pelo que está acontecendo ou não durante a execução do planejamento. Não adianta reclamar, dizer que estava errado desde o começo e querer desistir. É preciso rever os erros e buscar corrigi-los;

5. Cumpra o compromisso assumido. Recomeçar é mais complicado do que continuar. Além disso, às vezes somos mais comprometidos com outras pessoas do que conosco, mas, nesse caso, é fundamental que se mantenha o compromisso firmado consigo mesmo;

6. Faça ajustes, aprenda a negociar para atingir os objetivos mais rapidamente, mas nunca negocie 'para menos'.

Pra hoje?

O excesso de atividades 'urgentes' no nosso dia-a-dia não é desculpa para esquecer o planejamento ou achar que isso é algo 'congelado' e pouco dinâmico. Quando as situações imprevisíveis são antecipadas com o preparo profissional, fica mais fácil superá-las.

"Quando vem uma 'onda' inesperada, ela vai exigir de mim os pontos fortes, não os fracos, embora estes também fiquem expostos após o enfrentamento da situação. Na próxima onda, os pontos outrora fracos estarão fortalecidos. Não podemos permitir que situações imprevisíveis adquiram proporções maiores do que elas realmente têm. Ao invés de ficar se criticando pelas suas fraquezas, assuma o compromisso de fortalecer seus pontos fracos.


Bons negócios!


1. Chiavenato, Idalberto. Planejamento Estratégico – Fundamentos e Aplicações,Rio de Janeiro, Campus, 2003.

2. P. Drucker, Introdução a Administração, SãoPaulo, Pioneira, 1984.

298 visualizações0 comentário
bottom of page